Na literatura pertinente à relação entre reabsorções dentárias em Ortodontia e hereditariedade destacam-se quatro artigos: Newman21, Harris, Kineret, Tolley16, Al-Qawasmi et al.¹ e de Al-Qawasmi et al². O trabalho de Newman21 possui o mérito do pioneirismo, mas apesar disto não conseguiu provar ou mostrar fortes evidências da relação entre reabsorções dentárias e hereditariedade. As falhas metodológicas e o pequeno número de gerações e famílias pesquisadas não permitiram afirmações conclusivas, como reconhece explicitamente o próprio autor. A principal falha está na amostra, constituída por raízes curtas sem preocupar-se com a causa das mesmas, incluindo-se raízes curtas próprias do desenvolvimento dentário. Também não houve critério definido para diagnosticar o que é uma raiz curta, foi um critério muito subjetivo. No final nota-se um pequeno número de famílias e gerações, pois foram analisados pais e filhos em apenas 17 heredogramas. Durante o trabalho não houve preocupação com a padronização do tipo de discrepâncias faciais e dentárias, do tipo de má oclusão, da morfologia radicular ou da crista óssea, do tipo de diagnóstico e plano de tratamento, nem tampouco da técnica e dos operadores dos tratamentos ortodônticos. No final considerou-se como causa de maior reabsorção de dentes com raízes curtas, após o tratamento ortodôntico, um potencial de reabsorção ao qual atribui-se um caráter genético, mas sem qualquer fundamentação nos resultados. Hoje, sabe-se que as raízes curtas quando movimentadas apresentam maior índice de reabsorção, pois concentram mais forças no ligamento periodontal, com maior possibilidade lesão na camada cementoblástica e conseqüente reabsorção radicular8, 9, 14,15, 23.
Four articles stand out when analyzing literature concerning root resorption in Orthodontics and heritability: Newman21, Harris, Kineret, Tolley16 and Al-Qawasmi et al.¹ e Al-Qawasmi et al.². Although Newman´s study21 was pioneer on the matter, it could not prove or show strong evidence relation between dental resorption and heritability. The author acknowledges himself that there were methodological flaws. Its main problem was that short roots were included in the sample regardless of the cause inclusive those naturally short. Moreover, an unspecific and subjective criterion was used to diagnose short roots. Finally, the small number of families and generations studied does not permit to affirm conclusively. Parents and children were analyzed in only 17 pedigrees. There was no preoccupation standardizing malocclusions, facial types, root and alveolar crest morphology, diagnosis, treatment plan, used technique nor professionals involved. In the conclusions a genetic potential was considered the main cause for root resorption on short roots, not based on any evidence provide by the results. Recently, it has been shown that short roots are more likely to concentrate force on the periodontal ligament with a higher possibility of damaging the cementoblastic layer and therefore present more root resorption.